o que todo mundo sabe é que Floripa é a capital de Santa Catarina e fica no Sul do Brasil. bom, pelo menos eu só sabia disso. eu só descobri que Floripa é Floripa quando cheguei lá. o lugar é chamado de ilha da magia. ouvi dizer que há uma lenda relacionada a bruxas, não me interessei no assunto. mas o lugar é realmente mágico! a cidade é bem jovem e as pessoas parecem ter a mesma vibe. quem nasce em Floripa é chamado de manézinho(a). quase não se encontram muitos por lá, mas os poucos que conheci, honraram o nome. foram bem manés mesmo.
compartilhei muita coisa no tempo em que estive na ilha, mas não foi nem metade, a experiência foi muito louca! uma coisa que dizem por lá é que a ilha tem que te aceitar. até ocorrer essa aceitação, coisas podem acontecer. eu soube disso no final. mas as minhas coisas realmente aconteceram. tive alguns problemas lá e estava encantada com o feitiço de não sair. sim, a ilha tem esse poder, seus visitantes sempre ficam. 90% das pessoas que conheci eram visitantes encantados, que foram conhecer e acabaram ficando. a outra parte eram estudantes, que realmente foram na intenção estudar na UFSC.
eu fui parar em Floripa por indicação de um amigo que fiz em POA. não tinha nenhuma expectativa do lugar. mas já cheguei me surpreendendo. tive problema com a minha hospedagem e consegui outra na mesma hora, de graça, com o uber que chamei na rodoviária. e na minha primeira noite eu já tinha novos amigos.
conheci a praia da Joaquina, da Mole, da Galheta (de nudismo), de Jurerê, de Canasvieiras, do Campeche e Ilha do Campeche, mas não conheci nem metade das praias que têm. conheci gaúchos, paulistas, mineiros, paranaenses, baianos, paraenses, cariocas, argentinos, americanos... mas também não conheci nem metade da diversidade de pessoas da ilha.
tive acomodação de graça. curtia balada de graça. bebia de graça. por muito tempo até comi de graça. se eu disser que cortei meu cabelo, com um profissional TOP, de graça, tu acredita? cortei. lá é muito comum as pessoas pegarem e darem carona. vivia com a minha mochilinha nas costas e meu polegar apontado para a pista. vez ou outra pegava carona para ir à praia com meus amigos e era sensacional.
no meu segundo dia na ilha decidi ir à praia sozinha. fui de uber. na volta, andei bastante e parei dois caras pra perguntar onde eu poderia pegar um ônibus para chegar onde eu queria. um deles foi super atencioso, me mostrou o ponto de ônibus e me deu o instagram dele pra eu falar se precisasse de qualquer coisa. esperei o ônibus onde ele me indicou e advinha!? peguei o ônibus errado. desci em um morro próximo a uma praia. fui até a entrada da praia e falei com um uber que estava saindo, ele me deu uma carona até metade do caminho. desci do carro e vi 2 garotos e 1 garota parados, fui falar com eles e descobri que eram americanos. estavam esperando um uber para ir até um bar. advinha de novo!? peguei carona com eles. eles fizeram questão de que eu me sentasse no bar, me pagaram cervejas artesanais e eu terminei meu segundo dia bêbada e cheia de novos amigos, outra vez. amei, né.
eu me sentia muito segura em Floripa, em relação a assalto e violência, mas morria de medo de abusos, coisas que se ouvia muito por lá. infelizmente, passei por pequenos assédios também. nada é perfeito! mas Floripa foi a melhor viagem da minha vida! mudou minha visão para muita coisa. eu conheci Floripa e tive que me reconhecer. é um lugar que eu indico para todas as pessoas. porque eu acho impossível passar um final de semana em Floripa e não ter uma puta de uma história pra contar.
se você já foi, me conta a sua história!
como diz a música: Florianópolis te levo no coração!