não sou aquele tipo de pessoa que não sabe direito o que falar quando solicitam isso. hoje completa exatamente 26 anos de relacionamento comigo mesma, tenho é coisa pra falar! é gente, HOJE É MEU ANIVERSÁRIO! então me dê um presente: leia todos os meus textos. começando por esse:
meu nome é Elaine Cristina, sim, tenho dois nomes. era pra ser só Elaine, no caminho meu pai quis eternizar alguma Cristina, mas não vamos falar dessa zoeira. sou virginiana, tu acredita? minha história com signos é muito engraçada. minha prima que me apresentou signos também nasceu nesse mesmo mês, só que no final de setembro, então ela é libriana. por não entender muita coisa e saber que ela é libriana, eu lia o horóscopo de libra todos os dias no jornal meia hora e acreditava que aquilo era pra mim. nunca fez muito sentido ter alguma coisa determinando como seria minha vida e de mais um monte de pessoas todos os dias, mas sei lá, eu lia. há pouco tempo eu decidi fazer meu mapa astral. coloquei lá meu nome completo, data, hora e local de nascimento. apareceu meu sol em virgem, minha lua em áries, meu ascendente em áries também, meu plutão, meu mercúrio, meu urano, meu netuno... apareceu foi tudo que é astro. e cada astro significava alguma área da minha vida, algum tipo de relacionamento, até a maneira que as pessoas me enxergam. te falar, muita coisa fez sentido. apareceu lá que eu sou indecisa, que o signo que mais me atrai é capricórnio (realmente é, esse inferno!), que eu tenho talento para escrever (os astros que disseram, não vamos discordar, ok? ok!). mas depois eu peguei minha certidão de nascimento e vi que nasci 19:20h e não 19:30h como eu tinha colocado. DESISTO! eu tava vendo o mapa astral da minha placenta.
eu já decidi uma vez que não teria signo e continuo com essa ideia. astro nenhum vai me especificar com tanta clareza, as vezes nem eu mesma. eu pago de durona, mas sou muito sensível. pago de corajosa, mas tenho um medo da porra. pago de sem vergonha, mas sou insegura pra carai. pago de comunicativa, mas só escrevo muito. pago de orgulhosa, mas morro de vontades. pago de forte, mas sou fraca a beça. pago de bonita, mas sou feia pra burro (tá, isso é mentira). mas esse "pago" não é querendo ser uma coisa que eu não sou para agradar alguém. esse "pago" é querendo ser uma coisa que eu realmente quero ser e, muitas vez, tenho que ser, para viver bem. a vida cobra dureza, coragem, falta de vergonha, comunicação, orgulho, força e beleza.
por isso nada consegue me descrever tão bem. cada momento tem uma parte de mim. eu já passei por momentos em que tive que prender o choro e fingir que não doeu algo que, na verdade, abriu ferida. eu já fiz minha mala para viver em outro país com o maior cagaço do mundo, mas era a vida que eu queria. já tive que trabalhar falando em outro idioma com as pessoas, explicando coisas que eu nem entendia, com a maior insegurança do mundo, mas com a cara de plena. se alguém pedir para eu falar sobre mim, da minha boca não sairia nem metade desse texto. daqui a pouco o meu celular vai definir sozinho que a foto do crush vai ser o papel de parede dele, de tanto que eu vejo, mas não respondi a mensagem que ele me enviou ontem. eu estou tendo que lidar com mil coisas, tendo que tomar decisões, sem muitas chances para errar, mas se alguém me perguntar se quero ajuda e se está tudo bem, eu nego a ajuda e digo que está tudo sob controle. se pedirem para tirar foto comigo e eu estiver desarrumada, eu até aceito, mas solto o cabelo na frente do rosto e faço bico.
fora isso, eu levo a vida no bom humor. não ligo pra porra nenhuma. mas quando tenho que levar algo a sério, levo muito a sério. sério no sentido de dedicação, porque se eu puder envolver um pouco de humor, eu envolvo sim. não consigo ser 100% séria e é uma coisa que não tem jeito. isso é o que mais se destaca em mim. outra coisa é minha intensidade. eu não sei me entregar pela metade. acho que por ter essa mania de escrever, eu sempre quero arrancar inspiração de tudo, então sempre acabo me aprofundando demais nas coisas/pessoas. tenho muita devoção, insistência e fé. mas isso tem um limite também. e quando o limite chega, já era!
eu amo minha própria companhia, isso faz com que eu saiba lidar muito bem com a solidão. assim como eu gosto de estar cercada de pessoas, conversar, rir, chorar no ombro... eu adoro meu silêncio, minha calmaria, meu sossego, meu travesseiro. há uns dois anos eu quis ir à praia, chamei alguns amigos da época e ninguém estava disponível para ir comigo, mas a minha vontade era tão grande, que eu decidi que iria sozinha. foi a melhor decisão da minha vida! desde então nunca mais chamei ninguém. sempre que posso estou na praia sozinha, me conectando comigo mesma. sem contar também que eu estou solteira há quase 4 anos e moro sozinha há quase 2 anos, o que facilita na independência.
agora que já falei muito sobre o que eu sou, vou falar um pouco dos amores da minha vida. primeiro de tudo, Deus! eu não tenho religião, mas tenho muita fé em Deus e isso move a minha vida! segundo, a minha família. meus pais, meu sobrinho, meus irmãos e minha cunhada são tudo pra mim. e tem também mais um monte de pessoas que eu amo de graça. um amor diferente que entra no meio disso tudo é escrever e viajar. eu acho que escrever está em primeiro lugar. acredito que se viajar não me inspirasse a escrever, não faria tanto sentido. são duas coisas que eu me vejo fazendo pelo resto da minha vida. e farei.
o texto está longo, mas é apenas um resumo de mim. como eu disse, eu tenho muito para falar sobre a pessoa que eu passei a minha vida inteira, mas também não falaria tanto se não pudesse ser escrevendo. e é essa pessoa que se resume assim que vai escrever nesse blog e compartilhar um pouco de experiências e percepções da vida. com intuito de ajudar e inspirar um pouco. sempre com muita verdade, bom humor (claro) e sensualidade (mentira).
é isso! se você realmente leu tudo e chegou até aqui, coloque nos comentários o que você mais "paga" nessa vida.
NÃO ME DEIXA FALANDO SOZINHA NESSA BAGAÇA!