sábado, 25 de julho de 2020

I'm fine



you said I would be fine. 
you didn't lie about it. 
I'm fine.
but I still miss you. every day. 
I would like to be lying down now,
looking at you,
hugging you and enjoying the luck of having you.
have you met someone else?
I hope when you meet,
that person knows how lucky it is to be by your side.
today I heard a new song from Taylor swift called August. 
I think she was inspired by my thoughts
when writing this song.
"wanting was enough.
for me it was enough."
my 16 year old version would be so disappointed
to know my 26 year old version still makes sense in Taylor’s songs...
I still want you so much.
I'm still here,
talking to God,
asking for another chance,
a minimal chance to make you come back to me.
waiting for a message,
an email,
or call in the middle of the night.
I would forget everything
and start over from scratch
just to sleep with you for the rest of our lives.
I'm saving money,
hoping someday you will come back
and ask me to come back.
I come back without thinking,
because there is nothing more wrong
than living apart after everything that happened.
will you come back someday?
I still miss you. every day. 
nothing will ever be the same again. 
I'm fine. 
but I'm wrong being away from you.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Calm down!



10 de junho de 2020. estava recomeçando a minha vida, de novo. entrei em um avião em Manchester e parei na conexão em Amsterdam. eu tinha uma inquietação dentro de mim. quase uma raiva, quase uma culpa, e muito arrependimento. a viagem durou um pouco mais de 1:30h. quando o avião parou e eu puder levantar, levantei com tanta pressa, que não percebi que esbarrei a minha mochila na mulher que estava em pé ao meu lado. "wooow! CALM DOWN", ela disse. percebi o que tinha feito e vi que outros passageiros estavam me olhando. "I'm sorry", respondi rápido, dei as costas e saí do avião.

depois de alguns passos, me senti mal. me perguntei o que estava fazendo. olhei para trás e vi que a mulher vinha na minha direção. parei para esperá-la. ela se assustou quando me aproximei. fiz um gesto de paz com a mão e reforcei meu pedido de desculpas: "I'm so sorry! I'm really sorry!". ela acenou com a cabeça demonstrando estar tudo bem e seguimos.

o voo que me levaria para o Rio de Janeiro foi reagendado para 20 minutos depois do planejado. fiquei esperando um pouco mais de uma hora. continuei com a inquietação dentro de mim. eu só queria chegar na minha casa, deitar na minha cama e fazer de conta que muita coisa não estava acontecendo.

assim que me acomodei na minha poltrona, ouvi a voz de uma mulher e uma criança atrás de mim. a mulher parecia ter cerca de 23 anos e o menino parecia ter cerca de 5 anos. ela era mãe dele. em uma das primeiras conversas, ela o ordenou que dormisse, falou sobre o comportamento dele naquela viagem que estava sendo finalizada e disse que nunca mais viajaria com ele, que da próxima vez o deixaria na casa da vó. o menino começou a reclamar, lembrou de uma viagem para a Itália que ele se comportou. mesmo assim, a mãe foi insistente em dizer que não viajaria mais com ele.

11h de voo e o menino passou pelo menos 5h tentando chamar a atenção da mãe. a mãe dizia coisas terríveis para ele, o perguntava: "por que você é assim?". em um momento, ela disse que fingiria que não o conhecia e que não era mais a mãe dele. foi quando o menino começou a chorar e reclamar um pouco mais alto. o meu banco era na frente do dele, ele chutou meu banco muitas vezes. olhei em volta e vi outros passageiros acordando e vendo a cena.

fiquei com pena do menino, que estava começando a vida com uma base daquele jeito. pouco entende do que está acontecendo ao redor, tem um mãe tão infantil quanto ele, que não se importou de incomodar passageiros de um voo internacional, noturno, tentando ganhar uma discussão idiota, o diminuindo e o ignorando.

pensei em mim. que estava apenas REcomeçando a minha vida, mas com uma bagagem cheia de experiências, que não me deixava seguir andando, sabendo que um pedido de desculpas não foi o suficiente. e sabendo mais ainda o tipo de pessoa que eu não quero ser. e naquele momento, o tipo de mãe que eu não quero ser.

por maior que seja minha frustração, devo tratar com empatia as pessoas ao meu redor e é isso que vou passar para o meu filho. enquanto não tenho filho, escrevo para passar para alguém.

obrigada por me ler!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

2019, OBRIGADA!



andei de ônibus, carro, carona, bicicleta, skate, patinete, bote, barca, avião e viatura.
tomei mate argentino, chimarrão, cerveja, vinho, vodka, fernet e caninha.
fumei cigarro, tabaco, haxixe e maconha.
tive 16 hospedagens e morei em 3 casas diferentes.
vários roles aleatórios, fui parar no bar, na praia, numa ilha, na balada, no hospital e até na delegacia.
ouvi castelhano, espanhol, inglês, francês, hebraico, alemão e italiano sem legenda.
aprendi castelhano e melhorei muito o meu inglês.
beijei brasileiro, britânico, argentino, espanhol, alemão, francês, israelense, americano, chileno, colombiano e suíço.
senti fome, larica, sede, calor da porra, frio do caralho, sono, raiva, medo, ansiedade, paixão, ciúmes, saudades, alegria, tristeza, desespero, quaaaaaaaase senti vergonha, quase!
mergulhei em praias, em piscinas (inclusive de bolinhas), em banheira, em cachoeiras e em gente que não valeu a pena.
chorei de felicidade dentro de ônibus e aviões, chorei de desespero em hospital, chorei de tristeza dentro do meu quarto e chorei de gratidão diante do pôr do sol.
evitei me despedir de muitas pessoas, uma delas eu não verei nunca mais nessa vida (Tio Marcio).
falei coisas perigosas como "yo fumé" para uma policial e "não quero comer" pra minha vó.
briguei com colegas, gente que nunca vi na vida, meus pais e meus melhores amigos.
tive um amor platônico a distância (um britânico que mora na Polônia).
vivi uma paixão de um mês na Argentina.
por um tempo vivi uma vida praieira, uma vida alcoólatra, por um mês, uma vida fitness, ainda vivo uma vida minimalista, desapegada e sem qualquer tipo de compromisso.
pisei no Chile (no aeroporto), na Argentina, no Uruguai e em cada Estado do Sul do Brasil.
vi de perto a Casa Rosada, visitei o Estádio La Bombonera, o Obelisco, a Floralis Generica, Jardim Japonês, o Porto de Mar del Plata com leões marinhos, Hipódromo de Palermo, Caminito, Puerto Madero, Feira de San Telmo, Usina do Gasômetro em Porto Alegre, a rua mais conhecida de Gramado, muitas praias em Floripa, inclusive Jurerê Internacional e Ilha do Campeche, o Jardim Botânico de Curitiba, o Museu Oscar Niemayer, cachoeira de Teresópolis, ruas de Penedo e Vale do Amor em Petrópolis.
fiz trabalhos voluntários em hostel's, atendendo na cafeteria, manutenção de limpeza e recepção.
cozinhei muitas coisas pela primeira vez e arranquei muitos suspiros de quem experimentou.
cortei o cabelo, fiz uma tatuagem, emagreci e engordei e fiquei mais bronzeada do que maquiada.
me arrisquei, fui para lugares desconhecidos, com um idioma que não conhecia, peguei carona e aceitei hospedagem de estranhos.
ensinei pessoas a cozinhar, a dançar (no Sul eu danço melhor do que qualquer um), a se amar (dei conselhos para uma paraguaia que estava em um relacionamento abusivo), a falar algumas palavras em português, a viajar barato e a escrever o que sente.
errei um milhão de vezes, mas acredito que acertei outros milhões também. muita coisa aconteceu de uma forma que eu não planejei. muitas delas eu quero fazer outra vez, outras nunca mais, mas sou grata pelo aprendizado. GRATIDÃO é a palavra desse ano.
10 anos se passaram dentro de 1. foram muitos recomeços. me senti perdida muitas vezes, mas graças a Deus, literalmente, eu consegui me achar.
termino esse ano cheia de fé, experiências, aprendizados, pessoas e lembranças que vou levar para o resto da minha vida.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

VOCÊ NÃO SENTIU


poderia ter me poupado

eu não queria o seu beijo de olhos abertos

o seu toque foi imperceptível

seus dedos não se entrelaçaram nos meus

seus olhos desviaram, sem brilho

seu corpo era gelado

você não se preocupou

você não sentiu

você não ouviu a música

ouviu o que eu falei?

o seu celular não pode esperar eu ir embora?

cadê sua atenção?

o vinho seco foi proposital?

eu pensei que seria mais

eu queria mais

você me prometeu mais

eu tentei tirar mais

não tinha mais

como posso desfazer o que aconteceu?

quero de volta o que eu tinha em mente

eu quero você das minhas expectativas

eu não sabia que sairia arrependida

eu não queria conhecer o seu vazio.