sábado, 30 de novembro de 2019
FUGINDO
quando eu era pequena, sempre que aprontava alguma coisa e percebia que poderia apanhar ou levar um grande esporro dos meus pais, a minha solução era dormir ou me esconder debaixo da cama. tinha esse defeito de fugir dos problemas e querer fingir que não aconteceram do que simplesmente encarar e lidar com as consequências de cara. quanto mais eu pudesse adiar, melhor. cresci e não mudei. ainda fujo, durmo e me escondo quando vejo que há uma confusão. como eu disse, um grande defeito.
cresci em casa própria e nunca pensei em me mudar porque achava que não conseguiria ter o mesmo sentimento de casa em qualquer lugar. nos últimos meses, na esperança de fugir de problemas que não queria encarar, me mudei incontáveis vezes, conseguindo me sentir em casa em cada lugar que passei, mesmo tendo pouco espaço, mesmo tendo que dividir com pessoas que nunca vi na vida, mesmo tendo que me adaptar a outra cultura, mesmo tendo que obedecer regras. cá estou eu de novo, fugindo de problemas, em um novo lar, me sentindo em casa outra vez. terceira casa, dentro de um mês e meio.
esses dias eu estava assistindo o filme Comer, rezar e amar. em um momento a protagonista do filme fala a seguinte frase: "a ruína é uma dádiva. ela é a estrada para transformações". TRANSFORMAÇÕES! tá aí uma coisa que eu enrolaria em uma seda e daria um trago todas as manhãs. eu sou viciada em transformações e não quero cura! mas é claro que apesar de muitas transformações, a minha essência não muda. trago comigo a minha essência, a minha fé e a minha verdade. e será assim até o fim dos meus dias.
eu estou feliz aqui!
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